A explicação para a enorme diversidade de seres vivos no planeta sempre foi uma questão central no pensamento humano. Ao longo do tempo, surgiram várias tentativas de explicar como se dá a evolução desses seres. No século XIX, Lamarck e Darwin foram os principais defensores das ideias evolucionistas, que propunham uma evolução contínua, lenta e gradual dos organismos, desde os mais simples até os mais complexos.
Lamarck acreditava que a necessidade de adaptação ao ambiente provocava, em cada indivíduo, o seu próprio processo evolutivo. Isso ocorria através do uso ou desuso constante de determinados órgãos, levando ao desenvolvimento ou à atrofia dessas estruturas, conforme a chamada “Lei do Uso e Desuso”. Em resumo, a função que um órgão desempenha é determinante para a sua adaptação ao ambiente. As alterações ocorridas em um indivíduo, em virtude da adaptação, seriam transmitidas aos seus descendentes, conforme a “Lei da Transmissão dos Caracteres Adquiridos”.
Apesar de a teoria de Lamarck ter sido uma importante tentativa inicial de explicar os mecanismos da evolução, ela não é mais aceita pela comunidade científica atual.
Darwin, por sua vez, propôs uma teoria que se mantém influente até hoje: o Darwinismo. Ele afirmava que, entre os indivíduos de uma mesma população, havia uma variabilidade natural. Diante de mudanças no ambiente, ou seja, pressões seletivas, os indivíduos mais adaptados às novas condições teriam uma maior probabilidade de sobrevivência, um processo chamado de seleção natural. Esses indivíduos mais aptos reproduzir-se-iam em maior número, transmitindo as suas características vantajosas para as gerações seguintes.
A reprodução diferencial, ou seja, o fato de que os indivíduos mais aptos geram mais descendentes, contribui para que as características adequadas a um determinado ambiente se acumulem ao longo do tempo. Dessa forma, com o passar das gerações, essas características se tornam mais comuns na população.
No século XX, surgiram explicações mais detalhadas para a variabilidade entre os indivíduos de uma população, um ponto que Darwin não conseguiu esclarecer completamente. O Neodarwinismo, também conhecido como Síntese Moderna, explica que a diversidade de seres vivos dentro de uma população é resultado de mutações e recombinações genéticas. Essas recombinações ocorrem durante a meiose, por meio do crossing-over e da separação aleatória dos cromossomos homólogos, e também durante a fecundação, devido à união aleatória dos gâmetas.
As pressões seletivas do ambiente continuam a favorecer os indivíduos mais aptos, garantindo sua sobrevivência diferencial. Assim, a reprodução desses indivíduos aumenta a frequência dos genes que conferem características vantajosas, levando a mudanças na frequência de certos genes dentro da população.
Este desenvolvimento das teorias evolutivas ao longo do tempo reflete a busca constante do ser humano para entender como a vida evolui e se adapta em nosso planeta, e a ciência continua a aprofundar esse conhecimento.
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