Há vinte anos, no dia 19 de agosto de 2002, os Nickelback enfrentaram um dos momentos mais conturbados de sua carreira durante o Festival da Ilha do Ermal, em Vieira do Minho, Portugal. O que deveria ter sido uma apresentação memorável no país transformou-se num caos, quando a banda canadiana foi recebida com objetos atirados pelo público, incluindo batatas, pedras e garrafas.
Os Nickelback mal conseguiram tocar duas músicas antes de serem forçados a abandonar o palco. O vocalista Chad Kroeger, em declarações posteriores à imprensa canadiana, descreveu o local do festival como estando próximo de uma pedreira, o que, segundo ele, oferecia “muita munição” aos espectadores revoltados. O momento foi capturado em vídeo e rapidamente espalhou-se, tornando-se um símbolo do descontentamento de uma parte do público com a banda.
A tensão no evento deveu-se, em grande parte, à presença dos fãs de Slipknot, a banda de heavy metal que era a principal atração da noite. Os fãs, ansiosos por ver seu grupo favorito, não demonstraram qualquer simpatia pelos Nickelback, que tinham um estilo musical bastante distinto do metal agressivo de Slipknot. A reação violenta do público deixou os músicos visivelmente perturbados, levando-os a interromper abruptamente o espetáculo.
Ao saírem do recinto, os membros da banda fugiram a toda a velocidade, enquanto os veículos passavam pelo caos e a equipe de segurança tentava controlar a situação. No dia seguinte, a banda tomou medidas drásticas: despediram o seu manager, culpando-o por ter colocado o grupo num ambiente que, de acordo com eles, era inadequado para o seu estilo musical. Kroeger continuou a afirmar que a localização do festival junto à pedreira só piorou a situação, já que o público tinha fácil acesso a pedras e outros objetos para atirar.
O incidente da Ilha do Ermal permanece como uma das histórias mais conhecidas e controversas envolvendo os Nickelback, levantando debates sobre a programação de festivais com bandas de estilos musicais tão distintos. Para os Nickelback, o episódio deixou marcas profundas, e a banda nunca mais voltou a atuar em Portugal após este evento.
Apesar das críticas, o grupo seguiu com a sua carreira, mantendo uma base sólida de fãs e continuando a lançar álbuns que alcançaram sucesso comercial. No entanto, o incidente de 2002 tornou-se uma referência inevitável sempre que se fala das raras ocasiões em que uma banda enfrenta hostilidade tão explícita por parte do público.
Esse evento também levantou questões sobre a organização de festivais e a escolha de line-ups diversificados, o que, por vezes, pode resultar em confrontos entre diferentes tribos musicais. Mesmo vinte anos depois, o episódio continua a ser um exemplo extremo das tensões que podem surgir quando as expectativas do público não estão alinhadas com as atrações do evento.
Com o passar dos anos, os Nickelback seguiram em frente, mas para muitos em Portugal, o incidente na Ilha do Ermal continua vivo na memória como um dos momentos mais peculiares da história dos festivais de música no país.
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